07/11/2015

Por

Ana

Recebi um e-mail daquela que será a professora do Miguel. Era um e-mail de boas-vindas já que ele completa 4 anos na semana que vem e começa assim oficialmente a escola.

Pois é, 4 anos!

Ele está super feliz com a ideia de ter uma festa, ganhar presentes e finalmente começar sua vida letiva. Como a escola das crianças adota um sistema integral (escola + creche) ele já esta acostumado com a rotina, conhece a professora, os alunos e tudo mais, então com a questão da adaptação nem me preocupo. Quer dizer, quem vai ter que se adaptar, sou eu!

Sexta é meu dia de Miguel. Como a Julia vai à escola e de sexta eu estou em casa, tenho as manhãs livres com meu pequeno. A verdade é que muitas vezes acabo usando a sexta para fazer umas horas extras, arrumar a casa, fazer a unha e afins. Mas estamos juntos, sempre. E depois de passar na padaria, vamos ao parquinho, ou dividimos um muffin enquanto tomamos café, vamos a biblioteca, assistimos desenhos, montamos um novo trilho para o trem, uma garagem de lego e uma torre de animais. O que der vontade.

E ai que isso vai mudar. Meu filho está crescendo, vai para a escola fazer amigos, aprender muitas coisas novas, vai ser muito bom, eu sei. Estou feliz por ele. Mas eu também estou grávida, sentimental, cheia de hormônios e já com saudades das nossas manhãs juntos.

Pensando em aproveitar o tempo que nos resta ao máximo, fui fazer um passeio com ele na sexta passada, só nos dois. Não fiz mercado, nem padaria e muito menos lavei a roupa. Deixei o laptop do trabalho fechado e fomos ao Artis, o zoológico de Amsterdam. Como a Julia tinha um aniversário após a escola, eu nem precisava ir busca-la antes das 6 da tarde, ou seja, tinha o dia to-di-nho de Miguel.

E olha, nós aproveitamos.

Que delicia que é dar atenção a um filho, que privilegio! O dia estava ótimo, um perfeito dia de outono para sair de casa. O Artis é praticamente meu quintal, como pagamos anuidade, vamos com muita frequência e as crianças conhecem o zoo de ponta cabeça.

Ficamos uns 15 minutos só observando os leões e conversando, ele fazia perguntas e eu respondia. Não tinha ninguém para nos interromper, estávamos os dois, num bate-papo delicioso entre mãe e filho. Depois fomos ver o crocodilo, os macacos, girafas e o parquinho.

Puxei uma cadeira, deixei o telefone de lado e foquei no meu filho. Ele nem precisava falar “olha, mãe” porque eu estava olhando. Quando isso aconteceu pela ultima vez? Nem me lembro. Dava tchau, mandava beijos e continuava olhando. Decidi também que não ia dizer “vamos embora” quando o tempo chegasse, como não tínhamos compromisso achei que cabia a ele decidir o momento de partir.

Saímos do playground para o aquário, e depois dos tubarões fomos comer poffertjes (uma espécie de mini panquecas, fofinhas, servidas quente com manteiga e açúcar de confeiteiro). Até presente na lojinha do Artis eu comprei: um rinoceronte para integrar sua coleção de animais e a lancheira escolar – nesse momento alcancei o status de mãe mais legal do mundo, sabe como é…

Voltamos para casa as 4 da tarde, acabados, os dois. Miguel dormiu no carro e seguiu cochilando por mais de uma hora em casa. Eu estava cansada e satisfeita: que alegria poder passar essas horas com meu menino.

PS: também quero programar uma tarde com a Juju, que delicia será passar umas horinhas com a minha filha.