17/05/2012

Por

Ana

Eu AMO sapatos, e assim como apenas 10% das holandesas que participaram de uma pesquisa já publicada nesse blog, eu tenho mais do que 50 pares no guarda-roupa. Eu sei, já disse antes, exagero total. Mas essa sou eu, fazer o quê. Agora, você já experimentou sair nas ruas de Amsterdam com alguma coisa com mais de 2 centímetros de altura no pé? E salto fino então? É praticamente como andar de pumps em Paraty: missão impossível! E quando eu uso o verbo andar, eu quero dizer, caminhar a pé, de tram, ônibus, bicicleta e algumas poucas vezes de carro. Pois é, bem-vindos à Holanda, onde as solas dos sapatos são bem gastas (aliás, vale a pena passar duas vezes ao ano no sapateiro, mas isso é assunto para outro post), e onde muitas calçadas e ruas são de tijolinhos – daqueles com espaço entre um e outro justamente onde seu salto vai ficar preso, entendeu? Isso sem contar os trilhos dos trams!

Olha aí de sapatilha e meia fina (horrorosa porém quentinha) com o saltão me esperando ao lado. Vai correr atrás do tram com esse salto, vai!

Então por mais que eu tenha esse montão de sapatos fazendo volume no armário, acabo usando mesmo os bem baixinhos. Quer dizer, usava! É que eu me deixei inspirar pelas americanas de Wall Street que chegam de terninho Chanel no trabalho e tênis tipo Nike Shox no pé. Horrível, eu sei. Mas é claro que elas trocam o tênis gigante por um Louboutin assim que a labuta começa. Então eu, que não trabalho em Wall Street e nem mesmo tenho Chanel ou Louboutin, pensei ‘Se elas podem, eu também posso’. Não, eu não saio com o tênis da academia no pé, eu sou mais fina: vou de sapatilha mesmo e levo uma sacolinha com o meu salto 18,5 (cof cof) à tiracolo. Daí na hora H, estrategicamente e nem sempre discretamente, troco os flats pelos mega high hills. E assim eu me sinto linda e alta. Em terra de holandês me sinto alta! Bom, isso até a hora de pegar o busão de volta pra casa…