23/06/2012

Por

Ana

Ontem foi a estréia da nossa nova ajudante aqui em casa. Uma menina super educada e que mora bem pertinho da gente. Entrevistei 3 candidatas até encontrar essa babysitter. Queria alguém que pudesse quebrar o galho quando necessário e que também ficasse com as crianças duas noites ao mês para que eu pudesse ter um pouco de quality time com o marido.

Eu apostava todas minhas fichas na primeira candidata, uma mãe de três que trabalha como gastouder e que por acaso, também cuida dos filhos de uma pessoa conhecida. Todas as referências indicavam uma combinação perfeita, mas depois de uma breve conversa acompanhada de um café, vi que éramos incompatíveis. Ela era do tipo uurtje factuurtje, ou seja, cada tarefa tinha seu preço: tarifa durante o dia 11 euros (a hora), de noite 8. Para cozinhar são 10 euros a mais. Limpar ou passar, 11 euros. A lista de preços era imensa. Fiquei com receio de ter que transferir todo meu salário no final do mês caso o Miguel sujasse mais do que três fraldas por dia e a Julia pedisse para ela fazer um sanduíche a mais do que o combinado.

A segunda nanny me pareceu super competente. Trabalha há 4 anos como au pair para uma família em Amsterdam, mas como as crianças já estão grandinhas, ela está buscando outro trabalho. Esse no caso, fixo. E eu nesse momento só posso lhe oferecer a incerteza de algumas horas por mês. Isso dito, ela se foi.

A terceira, para minha alegria, deixou a impressão de ser uma menina normal com vontade de trabalhar. Ela foi a única que se interessou pelos meus filhos. Foi brincar com a Juju, pegou o Miguel no colo – e antes disso até perguntou como eles se chamavam (!) Ela me passou suas referências, eu liguei para confirmar o que ela me havia contado e pronto. Ela também cozinha se precisar, e não por uma tarifa, mas porque gosta…

Se ela é perfeita? Claro que não. Ninguém é, e ninguém nunca cuidará dos meus filhos como eu, minha mãe, sogra e irmãs cuidam. Mas ela me parece doce e dedicada. Vale a pena tentar.

Mas agora eu me vejo com um outro problema – de luxo: onde ir com o maridão nas noites livres?
Cinema, restaurante, barzinho… são tantas opções! É síndrome de keuzestress, algo como “stress por ter muito o que escolher”.
Quem diria!
PS1: se você estiver buscando uma oppas na Holanda, vale a pena dar uma olhada nesses sites: http://www.oppasbron.nl/ e http://www.oudermatch.nl/. Ambos especializados em colocar famílias e babás em contato. Eles não se responsabilizam pela negociação, cabe a você entrevistar e checar o background da pessoa.
PS2: gastouder é uma pessoa que cuida de crianças na sua própria casa. Como se fosse uma creche, só que em ambiente familiar.