10/09/2012
Por
Ana
Eu vou te dizer uma coisa: adoro trabalhar. Por mais que reclame que o tempo seja curto e que a vida anda corrida, eu gosto de sair de casa para ir ao escritório, ocupar minha cabeça e botar os neurônios para funcionar. Foi a escolha que fiz e estou feliz assim.
Maaaaaas (toda história tem um porém) há muitos dias, como hoje, que eu tenho vontade de largar tudo. É que ir buscar as crianças na creche e encontrar seu bebê chorando no bercinho, ninguém merece. Eu não mereço, ele não merece.
Partiu meu coração.
Contrário da sua irmã, cuja primeira reação ao me ver foi ‘não quero ir para casa’, Miguel estava no berço, aos berros, quando cheguei essa tarde na escolinha.
‘Ah, ele acabou de acordar’, disse a professora. Claro querida, me engana que eu gosto.
Mas boba eu não sou, e meu filho eu conheço bem. O coitado estava com a fralda cheia, chorando há uns bons minutos. Me deu uma dó, uma vontade de tirar ele de lá (coisa que fiz correndo) e dizer para a professora que ela não precisava se preocupar mais não que a partir de amanhã eu ficaria em casa com ele. Tipo, ‘obrigada e até nunca mais’.
Mas eu só fiquei na vontade. Mesmo porque tenho a prova viva – de três anos e meio – em casa de que a creche também tem seu lado positivo, social e pedagógico. E além disso, eu trabalho para quê mesmo? Pagar a creche e a hipoteca da casa. Ah é, lembrei.
Conversei com a professora, pedi por favor pelo amor de Deus para ela dar uma atenção extra ao meu filhote que é apenas um bebê. Ela disse que me entende. Será?
Depois de 10 minutos o Miguel já estava rindo das brincadeiras da Julia, que finalmente foi convencida a vir para a casa. Mas sai da creche chateada. Por mais que goste (e precise) trabalhar, amo meus filhos mais que tudo nesse mundo. É minha função de mãe protegê-los, educá-los.
Então bate aquelas dúvidas: será que faz parte se sentir uma péssima mãe de vez em quando? Será que um dia vou encontrar o equilíbrio entre ser mãe e trabalhadora em tempo integral?
Não sei.
Meu consolo é que provavelmente não sou a única mãe no mundo a ter essas perguntas.
Será?
Meu super – todo babado – Miguel |
ah, como eu te entendo… essa coisa de creche é a mais dificil na maternidade pra mim, simplesmente porque por mais q eu confie e veja q o Uri gosta de onde está, eu não tenho controle sobre o q passa com ele durante 8 horas por dia. Quando acontecem coisas como essa q vc conta, eu fico toda grilada e culpada tbém, mas passa. Porque não tem jeito – eu gosto e preciso trabalhar. Tento sempre acreditar q estão fazendo o melhor, se não eu piro, hehe!
Beijos
Oi Lu, acho que isso de ficar preocupada (e culpada) faz parte. Não tem jeito. Eu também tento acreditar que eles estão fazendo o melhor… fazer o que, né? Para de trabalhar não dá. Bjs
Ai que dó!!! Vontade de sair daqui correndo (melhor, voando) e tirar o Miguel dessa escolinha! Encher de mimos, passeios e fazer todas as suas vontades!!! Massssss, infelizmente vc tem razão, convívio social, pedaqógico, etc. etc.. Ai ai… Mas que dá vontade socar a professora, ah isso dá!!!
Bjs Vânia
Socar a professora? hahaha coitada! So vc mesmo 😉 Bjs