10/02/2013

Por

Ana

As primeiras palavras do Miguel foram “mama” e “papa”, respectivamente. O “mama” ele repetia por minutos, sem pausa para respirar. E isso antes mesmo de completar um ano. Era o jeito dele de se comunicar: mamamamamamamamamamama, ele dizia. Palavra (ou seria frase?) seguida muitas vezes por um belo choro. Mas isso foi antes.

Com o tempo ele começou a fazer mais sons, tentando imitar sua irmã e tudo mais. E hoje em dia, ao invés de chorar, ele grita. Ele deve ter percebido a eficiência de um agudo berro. Mesmo porque ele grita e ri. Enfim.

Seu vocabulário tomou forma mesmo nessa última viagem ao Brasil. Voltou falando “qué” e “dá”. Uma belezinha. Aponta para tudo e pede “qué” – e se você não “dá”, ele grita. Simples assim.

E nesta semana meu filho aprendeu mais uma. Seguindo seu instinto masculino, ele demosntrou de vez sua paixão pelas rodas, sejam elas 4, 3, 2 ou 1, ele disse pela primeira vez “auto”, o que significa carro em holandês. O menino está tão orgulhoso que chama tudo (e todos) de auto. Soa mais como “outo”, fofo demais.

Mas Miguel se superou. Hoje enquanto comia umas torradas e brincava na casa dos avós, disse nitidamente, em alto e bom tom: “Guita”, o nome da cachorra dos meus sogros. Era de se esperar que ele declarasse seu amor ao animal um dia desses, os dois se adoram. Ela anda o dia todo atrás dele tentando pegar seus biscoitos (ou qualquer outra coisa que ele esteja comendo, e ele come sem parar cá entre nós) e ele como se não bastasse apontar o dedo pra ela, tentar montar no animal e puxar seu rabo, agora também a pode chamar pelo próprio nome! Prático, não?

E sendo assim, o vocabulário do meu filhote se aprimora, com quase 1 ano e três meses de idade ele sabe chamar pai e mãe, reconhece carros e a cachorra de estimação dos avós. E se você não entender o que ele está falando, ele aponta e diz “dá”.

Será que ele precisa de mais de alguma coisa nessa vida?

Miguel e Guita entre peças de quebra-cabeça e biscoitos