08/07/2013
Por
Ana
Passamos o
dia todo na praia, em cala Macarella. Coisa que nunca aconteceu desde que as
crianças nasceram. Com os horários fixos de soneca, almoço e sei lá mais o que, não conseguíamos passar mais do que duas horas inteiras na praia. Mas este ano foi diferente. As crianças se esbaldaram. Miguel até cochilou no
carrinho, sob a sombra de uma árvore gigante, depois de rolar na areia, nas
algas e nas águas rasas e cristalinas do mediterrâneo.
Cala Macarella, Menorca. Junho de 2013 |
depois de uma passada no supermercado {fui mais ao mercado do que à praia,
sério} os pequenos foram para a piscina. Piscina, piscina, também não é:
estamos falando de um tanque raso de azulejo caindo aos pedaços que os avós do meu
marido construíram para os netos {hoje com 44 e 38 anos ham ham}. O chão é de
cimento, fica cheio de musgo, a gente esfrega o piso pra caramba na tentativa de limpar
a sujeira. Fica meio encardido, escorregadio. As crianças amam.
Parece
porquice, mas eles se divertem mesmo. A gente coloca todo dia água limpa, tá? E no
final acabo trazendo shampoo, sabonete e o banho rola ali mesmo. Who cares?
rodada de sabão, Miguel se agacha e começa a dizer “xixixi”, que na sua
linguagem de 19 meses significa “sair”. Eu, não confiando na criança, pergunto
“filho, o que você está fazendo?”. E ele me olha, vermelho e me responde
fazendo força: “cocô”. Pois bem, minha gente, Miguel cagou na piscina. Julia
caiu na gargalhada, provavelmente porque ela já havia abandonado o recinto…
Na hora de
dormir, ninguém queria ir pra cama. Como eles aprendem rápido que estão de
férias, não? Miguel ficou num chororô que durou 2 minutos e meio. Enquanto resmungava,
Juju fazia um “shushushu” que deixaria a encantadora de bebês orgulhosa, juro!
tudo isso da varanda enquanto lia a biografia de Tim Maia {a janela do
quarto das crianças na frente da casa}. Comecei a rir por alguma coisa que estava no livro.
Daí ouvi um sussurro: “mãe, mãe, por que você está rindo?”. E eu disse que era
do livro e ela me respondeu que se eu não parasse de rir, ela não conseguiria
dormir… sorry hoor!
Minutos
depois ouço alguém me chamando da janela, a voz atravessava a veneziana. “Mãe,
hoje na praia as meninas brincaram com os meus baldinhos…”. Conversinha rápida seguida de “filha, amanhã é outro dia, a gente vai pra praia brincar de
novo, você precisa descansar”… que terminou em um “mãe, eu te amo”.
boca e agradeci a Deus, pelas férias e pela família.
Amém.