28/07/2013

Por

Ana

Praga me surpreendeu.

A viagem em si foi uma surpresa, maridóvizk tinha que ir à Republica Tcheca a trabalho e me levou à tiracolo. Com a passagem de avião, acabei ganhando um fim de semana a dois em uma das cidades mais bonitas deste continente Europeu.

Acho que o que me encantou foi o fato de tudo ter sido inesperado, não tive tempo de me orientar e planejar a viagem {sou daquelas que compra guias, livros, faz anotações antes de partir}. Neste caso não fiz nada disso. A viagem foi um presente de dia das mães + comemoração de 6 anos de casados. As crianças ficaram {felizes da vida} na casa dos avós.

Depois de 2 horas de muito stress no trânsito, achando que não ia chegar a tempo para o embarque, entrei no avião sem saber muito bem o que esperar. Sentadinha na minha poltrona 4D {enquanto marido estava na 24 alguma coisa} achei que era tempo de “praticar” uma das minhas manias de viajante: puxar papo com quem está do meu lado. Adoro conversar com o povo que mora no meu destino de desembarque. Para a minha sorte, a mocinha da direita falava pelos cotovelos inglês e estava animada para compartilhar suas dicas. Pedimos uma cerveja e chips e a viagem de uma hora e meia passou literalmente voando.

Uma das dicas da minha “amiga do avião”: o terraço do hotel “au prince” ao lado do relógio astronômico. Vale a pena subir até lá nem que seja para tirar uma foto!

No táxi do aeroporto ao hotel, não conseguia identificar muito bem o local. Tinha cara de Alemanha, com um jeito de Áustria, mas diferente. Uns prédios quadrados e cinzentos “a la” leste europeu e as placas de trânsito com letras e acentos estranhos só me confirmavam que eu acabava de chegar em território desconhecido, o que me dava uma alegria imensa. Alegria de gente curiosa, sabe?

Estava exausta e eufórica.

A expedição só começou mesmo no outro dia de manhã. Primeiro dormi até ficar com dor nas costas {tipo até as 8} e depois parti para rua. Eu, minha câmera e os mapinhas.

O legal de não se preparar para a viagem é que você caminha sem destino pelas ruas, o que vier é lucro. Não há compromisso, então você vai andando até encontrar algo interessante, que te chame a atenção. Dai você para, tira fotos, toma um café, come, sei lá, faz o der na telha mesmo. É o turismo livre de obrigações. A parte ruim é que como você não sabe o que tem pra ver, acaba tendo medo de perder alguma coisa. Sai afobada, a passos largos pelas ruas da cidade, porque vai que você deixa de ver alguma coisa importante, né? Então em ritmo semi-desgastante {com muitas paradinhas para café, sorvetes e afins} rodei boa parte de Praga em UM dia. Depois relaxei e peguei o metrô para o hotel para encontrar maridóvizk que havia trabalhado o dia todo.


Segundo dia, dor nas pernas, dorflex, e lá estava eu pronta para seguir com passeio. O dia foi ótimo, consegui ver o que faltava, visitei quase todos os pontos turísticos again com o marido, desta vez com mais calma. Fizemos inúmeras pausas para umas bebidinhas e experimentamos a culinária local de rua. Uma delícia!

Gordices de Praga: presunto assado com cerveja & pão doce no espeto. 
Não deixe de experimentar!

Praga é monumental, tem um prédio mais lindo que o outro. O lugar tem cara de nostalgia, um charme. Para quem gosta de arquitetura e artes a cidade é de encher os olhos: há uma mistura incrível de estilos gótico, barroco e art-nouveau espalhados por todos os lados.

A cidade é culturalmente muito rica – a primeira universidade da Europa central foi fundada em Praga em 1348, sabia? Há inúmeros museus e igrejas para se visitar. Fora o castelo, que é fenomenal – segundo o Guinness World Records Book, o maior do mundo (em m²).

Igreja de São Nicolas, me emocionei neste lugar
Vinhedo nos arredores do castelo

Há um certo ar de mistério que envolve a cidade, meio conto de fadas mesmo. Um exemplo são as muitas lojas de marionetes, uma tradição tcheca. Dizem que existem inúmera legendas que contam a história de Praga, fiquei doida para  comprar o livro “77 legendas de Praga” mas botei na cabeça que queria uma edição em português que acabei não encontrando {porque provavelmente nem existe}…

Quer uma boa dica? Vá de tênis! Ou use um sapato bom pra caminhar, porque Praga é linda a pé. Nós também pegamos o bonde e eu usei uma vez o metrô. É bem fácil de se locomover pela cidade. Também fizemos um passeio de barco bem relaxante: você fica uma hora sentada no barco admirando a cidade da água. Coisa boa.

E se você acha que vai ficar meio lost em translation por causa da língua, relaxa, a cidade é super turística e muita gente fala inglês. Fora isso tem muuuuitos brazucas passeando por lá! 😉