26/06/2014

Por

Ana

Entre uma partida e outra de futebol, eu cozinhei feijão. Feijão preto que tanto gosto. Cozinho normalmente de noite e deixo para temperar no outro dia. O resultado é uma quase feijoada, mas bem simples. Uma porção fica para o jantar, o restante, em forma de potinhos de plástico, vai para o freezer.
– Você me vê por favor um pedaço de bacon e uma linguiça defumada, rookworst.Pergunto no açougue.

– Linguiça não tem.Me responde a simpática atendedora atrás do balcão.

– Não?
– Não, agora não é época… rookworst só tem nos meses com R.Ela me diz um pouco sem jeito.

Pois é, se depender de holandês, eu só vou comer meu feijãozinho em setembRo, quando começa a esfriar, quando os pratos leves dão lugar à comida temperada e pesada.Agora, o que meu açougueiro (e o resto do país) não sabe, é que eu como com o coração – que no meu caso tem uma ligação forte com o estômago. Para mim pouco importa a temperatura. Mas tudo bem, eu perdôo o açougueiro, tolinho, não sabe o quanto meu feijão é bom.

Com um pouco de boa vontade, meu projeto de feijoada saiu com bacon, carne seca e couve. Até “faofinha”, que o Miguel adora, tinha.

Matei a vontade e enchi o congelador.