22/06/2014

Por

Ana

O cheiro de fritura se espalhava pelo bairro. Churros. Era o anúncio de que a quermesse havia chegado na praça. Na saída da escola, nos parquinhos e nos tanques de areia só se falava nisso “você já foi?”, “já levou as crianças?”. Bairro de periferia é tipo cidade do interior, o povo comenta.

A quermesse, que mais parece um parque de diversões, nos visita duas vezes ao ano. Fica num lugar central: na praça atrás dos dois supermercados do bairro. Não tem como não ver, não tem como escapar: seu filho vai te pedir para levar até lá.

E assim foi aqui em casa, Juju insistindo para levá-la e Miguel repetindo seu mantra “não quélo í na kermis“. Bobinho, não sabia o que a palavra significava (kermis é quermesse em holandês).

Aproveitamos o solzinho do domingo e fomos caminhando no sentido do cheiro de gordura. Demorou uns 30 segundos para o Miguel cair no encanto das luzes coloridas da tal quermesse. Julia ficou alucinada com a cama elástica onde as crianças saltavam metros de altura amarradas por elástico.

 

Começamos pelo velho e conhecido carrossel. Sempre um sucesso. A mãe aqui também teve seu momento de glória atirando nos dentes de um tubarão – eu sou ótima na espingarda! 12 tiros, uma espada de plástico e um secador de boneca depois, era hora de ir para casa. O que ninguém concordou. Não sei como é na sua casa, mas aqui funciona assim: não importa se eles vão em 1 ou 15 brinquedos, eles sempre saem descontentes. Fomos embora com chororô, um saco de churros e duas crianças emburradas.

10 minutos caminhando e as lágrimas se secaram dando lugar para as histórias. Aquele papo de como tinha sido legal pular bem alto, do quanto o “polvo” era rápido (e era mesmo!) e da coincidência que foi econtrar todas as amiguinhas da escola por lá – já disse que Amsterdam é um vilarejo?

Juju na versão hamster aquático 😉

Foi divertido, e grazadeus que a próxima kermis é só no natal.