18/06/2014

Por

Ana

Eu adoro dançar. A-d-o-r-o.
E já que estávamos em Ibiza, fomos para a balada. Havíamos comprado os tickets há meses – uma facada de 70 euros – para ver o David Guetta na famosa Pacha. De vestido, brilho e salto alto fomos para a cidade: primeiro comer umas tapas, depois tomar
um mojito e por fim dançar. Dizem que gente fina dá as caras tarde, mesmo quando a entrada custa caro. Enfim. Duas da manhã e chegamos na festa.
Mas aí minha gente, cadê o glamour, cadê o luxo?
De cara fiquei meio decepcionada.  O público é misturado, de todas as idades o que acho bem legal. Mas de bermuda e chinelo na
balada, pode?Devo estar ficando velha, ou minha expectativa estava alta demais, mas achei que o lugar deixa a desejar. No terraço havia uma espécie de área vip: cadeiras de plástico cercadas por uma cordinha. Muito fino, só que não.
Fui tomar uma cerveja, 10 euros por uma mísera garrafa. Proost.

O que chamava a atenção (principalmente do público masculino) eram as lindas e semi-nuas dançarinas que se revezavam em uma breguíssima réplica de taça de champagne. Taça esta estrategicamente colocada no terraço com vista para a entrada do clube. Se você passar na rua e olhar pra cima, vai enxergar uma mocinha topless rebolando. Pode ver.

Às 3 da manhã o dono da festa chegou. O cara é bom. Tão bom que me fez até esquecer que eu não tinha gostado muito do lugar. Só não entendi quando ele abaixava o som para o pessoal cantar junto, achei meio festa de debutante anos 90.Apesar da animação não conseguimos chegar na pista, aliás nem me arrisquei, muita gente. Uma multidão tentava se mexer segurando os telefones, filmando e fotografando sem parar. Se eles viram o “show”, eu não sei, mas o celulares registraram tudinho. Aliás, o wifi da Pacha é ótimo.

David Guetta na Pacha, Ibiza

Ô moço, posso pedir uma musica?

Resolvi cazamigas dar uns passos para trás. Fomos dançar em um ambiente mais vazio. Aí o negócio ficou bom. Porque eu gosto
de dançar, e eu gosto de gente que dança sem ter vergonha, que fecha os olhos, abre os braços e vai com Deus. E tinha um montão deles assim sem noção, se divertindo ao som do famoso DJ.

Mesmo com os pontos negativos a experiência foi ótima. Sair com as amigas é sempre bom e a verdade é que eu me divertiria com elas na barraca de hot dog ao som de um radinho de pilha. Se eu vou voltar um dia nessas baladas não sei, mas se for uma coisa é certa: vou de tênis para pular muito!