20/08/2014

Por

Ana

A Holanda é a terra do festival. Só este ano são mais de 700 (se-te-cen-tos!) em todo país. E tem para todos os gostos, tipos e budgets: tem de música pop, rock, techno, clássica e afins, tem de culinária, teatral, infantil e por ai vai.
A grande maioria dos festivais acontece no verão e o mês de agosto aqui em casa é sempre meio estressante: temos muitas opções para poucos finais de semana.
Family selfie: Felfie?
No último sábado visitamos a Parade, um dos meus festivais preferidos. Adoro a atmosfera criativa e o público bonito que frequenta o terreno durante as duas semanas que eles ficam na cidade. Há atividades para as crianças, várias comidinhas servidas por restaurantes bacanas e barraquinhas nem tão sofisticadas, bar de vinho (oba!) e claro, a atração principal: as peças teatrais.

Appelmeisje: a menina da maçã. Por 2 euros ela descasca a maçã em uma engenhoca montada sobre uma bicicleta (é holandesa, né)

Draaimolen = moinho giratório

Uma das principais atrações da Parade é o draaimolen, este carrossel com cadeirinhas. A criançada pira! A vontade de rodopiar com os pequenos era grande, mas a fila era monstruosa e resolvemos deixar para outro dia. Aliás, este é o ponto negativo do festival que fica lotado: filas!
Chegue cedo, tome uma cerveja, uma dose de paciência e seja feliz. Curta a atmosfera, a música e os atos teatrais que acontecem dentro e fora dos palcos.

Acima e avante! Das coisas que só a Parade oferece: “arrumar” a cabeleira com compressores de ar. O pessoal saia de lá com cada topete incrível

Cozinha ao ar livre

Croquete holandês com estilo

Pintura para compensar a fila do draaimolen

O dia seguinte à Parade amanheceu chuvoso, cinza e frio. Levantei da cama já cansada, sabe aqueles dias? Então, eu estava toda programada para ficar na preguiça, mas meu holandês estava animadíssimo com as possibilidades que o domingão trazia, ou seja, 3 festivais: um no bosque de Amsterdam com cavaleiros (coisa que o Miguel adora), um de histórias e contos no Westerpark (que vamos todos os anos) e um de teatro aqui ao lado de casa.
A chuva deu uma trégua, o holandês me convenceu a vestir a galocha e lá fomos nós. Chegamos na praia, local do festival, secos. Para a surpresa e felicidade completa das crianças eles também tinham um draaimolen. Uhuuu!
Depois de 28 voltas no carrossel (brincadeira, foram só 3, tadinhos) entramos em uma das cabanas para assistir a uma peça infantil. Nisso o mundo ameaçou cair do lado de fora. Chovia como se não houvesse amanhã. Foram 30 minutos intensos. Felizmente as atrizes eram divertidas e as crianças nem ligaram para a chuva – já pensou se a peça fosse de terror? Não ia dar nem para sair correndo…
Foi um programa molhado e até divertido. Só me deu pena da organização do festival porque com o mau tempo quase não havia público. Imagina o prejuízo.

Espero que o pouco do verão que nos resta nos traga mais festivais, de preferência com muitas filas e pouca chuva.