09/09/2014
Por
Ana
Chego esbaforida na escola para buscar as crianças. Suada após pedalar meia hora, carregando um buquê de flores para a professora do Miguel que comemorava sua despedida. Meus filhos me olham do parquinho, felizes da vida cobertos em uma mistura de lama arenosa. Acenam, dão um sorriso e deixam bem claro que não querem ir para a casa.
Era happy hour da professora, resolvi pegar um suco de maçã, um soepstengel (aqueles bastões de farinha de trigo) e relaxar no jardim da escola. Logo vejo a mãe de um dos amigos do meu filho, uma espanhola super simpática que veio puxar papo.
– Que tal, como estás?
Tô morta, respondi. E ela confirmou com um “te veo muy cansada”. E muy cansada eu estava, ela também por sinal. Mas estava feliz porque havia conseguido convencer seu chefe a diminuir sua carga horária, trabalharia daqui pra frente 4 dias na
semana ao invés de 5.
semana ao invés de 5.
“Os meninos crescem tão rápido, tenho medo de me arrepender no futuro de ter perdido esta fase porque estava ocupada demais no trabalho”, foi o que ela me disse. E ela tem toda razão. O tempo voa mesmo e as crianças crescem como bambu – ou repolho,
como diriam os holandeses.
como diriam os holandeses.
Eu gosto de trabalhar, o que eu não gosto é de ter que fazer as outras milhares de coisas que tenho quando chego em casa. Isso sim cansa. E eu me estresso, e acabo descontando nos meus filho que não têm nada a ver com isso. É injusto, eu sei. Mas a
conversa com a espanhola me levou a uma idéia: tirar uns meses de folga no futuro. Já pensou? Aqui na Holanda essas construções existem, no meu trabalho é permitido tirar licença não remunerada por um certo período. Claro, teria que
economizar bem para passar esses meses em casa pagando as contas. Mas imaginem, poderia me desestressar e aproveitar mais meus filhos. Ideal.
conversa com a espanhola me levou a uma idéia: tirar uns meses de folga no futuro. Já pensou? Aqui na Holanda essas construções existem, no meu trabalho é permitido tirar licença não remunerada por um certo período. Claro, teria que
economizar bem para passar esses meses em casa pagando as contas. Mas imaginem, poderia me desestressar e aproveitar mais meus filhos. Ideal.
Fiquei sonhando com a idéia e me perguntando o que faria, será que eu iria cozinhar mais e deixaria de fazer cara feia por não ter tempo de lavar a roupa? E quantos picnics eu organizaria? Iriamos nadar juntos na piscina mais próxima, ou passar horas na biblioteca lendo livros de aventura? Ou será que eu ia ficar entediada em casa? Não tenho a resposta, mas é uma idéia, uma boa idéia.Quem sabe num futuro próximo jogo tudo para o alto… nem que seja por apenas 3 meses.
Bom é ter essa opção, né? Eu optei por ficar em casa e não me arrependo (talvez por alguns minutos naqueles dias mais difíceis) mas nem sempre tudo são flores. 🙂 xxx
Nem tudo são flores mesmo (nunca). Eu estou namorando esta opção, quem sabe… 😉
X
Vc anda sumida, Ana!!! Saudades!!
Adriana.
Estou mesmo Adriana, ando correndo muito esses dias. Logo eu volto 🙂