17/12/2014

Por

Ana

“Mãe, posso brincar com a fulana?”; “mãe, o meu amigo pode vir em casa?”; “quero ir na casa da tal”; “eu também!”… sexta-feira é sinônimo de playdate aqui em casa. E a criançada abusa da boa vontade materna.

Começamos o dia com um amiguinho do Miguel que veio brincar aqui. A mãe dele o trouxe, tomamos um café e batemos um papo. Os meninos têm apenas 3 anos, mas se conhecem a vida toda. Brincam super bem, estão acostumados a estar juntos e dividir os brinquedos na escolinha.

“Se você quiser ficar aqui tudo bem, mas se quiser ir embora e aproveitar para fazer alguma coisa, fica à vontade”, disse para a mãe do menino. Ela titubeou e aceitou a oferta. “Vou fazer mercado”, ainda me disse. Combinamos de nos encontrar de tarde, na porta da escola, na saída das meninas (o amigo do Miguel tem uma irmã mais velha, da idade da Julia, olha a coincidência).

Os meninos não deram trabalho algum, brincaram a manhã toda, almoçaram e quando estavam dando sinal de cansaço pediram para ver um filme.

Deu nosso horário e lá fomos, os três, para a porta da escola. Dois menininhos felizes no banco traseiro do carro. Não demora nada e encontro uma mãe com um sorriso de orelha a orelha. “Nossa, o dia rendeu muito. Muito obrigada!”, ela me disse. E complementou com um “fiz mercado, as unhas, passei no salão e arrumei a sobrancelha e o cabelo”. Realmente, ela estava com uma cara ótima. Cara de mãe feliz que teve um tempinho para si, conhece?

O que me deu a idéia de fazer exatamente a mesma coisa. Eu também precisava arrumar a sobrancelha, passar no mercado, levar umas botas no sapateiro, dar um pulo na livraria… Mas no auge do meu sonho ouço lá de longe uma menininha me chamando “manhêêê, mamaaaaa, a minha amiga pode brincar em casa?”

Pode filha, pode.

E lá se foi a minha tarde livre.