22/01/2015
Por
Ana
Se você quer que seus filhos pensem em você
no futuro como uma mãe engraçada, faça com que eles tenham uma infância
divertida, foi o que li em um artigo semana passada. Achei o pensamento
interessante. Claro que boa parte depende do seu caráter e personalidade, se você
for por natureza uma pessoa tranquila que não gosta de barulho, por exemplo,
seus filhos vão provavelmente crescer em uma cassa sossegada. Mas se você for
extremamente agitada e quer que seus filhos sejam zen, isso
também é possível: vai depender de você.
no futuro como uma mãe engraçada, faça com que eles tenham uma infância
divertida, foi o que li em um artigo semana passada. Achei o pensamento
interessante. Claro que boa parte depende do seu caráter e personalidade, se você
for por natureza uma pessoa tranquila que não gosta de barulho, por exemplo,
seus filhos vão provavelmente crescer em uma cassa sossegada. Mas se você for
extremamente agitada e quer que seus filhos sejam zen, isso
também é possível: vai depender de você.
A ideia me botou para pensar, não que eu vá
forçar a barra – acho humor importantíssimo, mas piadas não são meu forte – mas
fiquei imaginando o que tenho passado até agora aos meus filhos, e como eles resumiriam a
casa em que cresceram daqui a alguns anos. Tento, como mãe, dar o melhor que tenho, sempre, mas estou longe de ser a madre Teresa. E na educação que eles recebem aqui, ao lado de respeito pelo próximo, há
uma coisa que eu quero que meus filhos adquiram, ou pelo menos entendam: hospitalidade. Para ser exata, a receptividade brasileira.
forçar a barra – acho humor importantíssimo, mas piadas não são meu forte – mas
fiquei imaginando o que tenho passado até agora aos meus filhos, e como eles resumiriam a
casa em que cresceram daqui a alguns anos. Tento, como mãe, dar o melhor que tenho, sempre, mas estou longe de ser a madre Teresa. E na educação que eles recebem aqui, ao lado de respeito pelo próximo, há
uma coisa que eu quero que meus filhos adquiram, ou pelo menos entendam: hospitalidade. Para ser exata, a receptividade brasileira.
Calma lá, não vamos fazer churrasco
todo domingo para a vizinhança, mas quando eu penso na minha casa em São Paulo,
visualizo uma porta que está sempre aberta, lembro de uma cozinha perfumada e uma
sala cheia de amigos e família. Coisa que acontece até os dias de hoje. E eu entendo perfeitamente que nem sempre temos
disposição para receber. Mas a questão não é cozinhar o dia todo para
agradar, não é ter do bom e do melhor para oferecer, a questão é compartir, é
acolher. E no fundo, é isso que importa.
todo domingo para a vizinhança, mas quando eu penso na minha casa em São Paulo,
visualizo uma porta que está sempre aberta, lembro de uma cozinha perfumada e uma
sala cheia de amigos e família. Coisa que acontece até os dias de hoje. E eu entendo perfeitamente que nem sempre temos
disposição para receber. Mas a questão não é cozinhar o dia todo para
agradar, não é ter do bom e do melhor para oferecer, a questão é compartir, é
acolher. E no fundo, é isso que importa.
Não estamos falando aqui sobre a mãe
perfeita – que não existe, tá? – se você gosta de cozinhar e quer assar um bolo
cada vez que recebe visitas, ótimo. Mas se não for o caso, tudo bem. Eu não quero que os bolos fiquem na memória, e
sim a sensação de que aqui em casa todos eram (e são) sempre bem-vindos.
perfeita – que não existe, tá? – se você gosta de cozinhar e quer assar um bolo
cada vez que recebe visitas, ótimo. Mas se não for o caso, tudo bem. Eu não quero que os bolos fiquem na memória, e
sim a sensação de que aqui em casa todos eram (e são) sempre bem-vindos.
Coincidentemente o último final de semana botou
este pensamento à prova. Na sexta um amiguinho do Miguel veio brincar e ficou
para o jantar. Eu não cozinhei a mais ou alterei o cardápio, eles simplesmente se juntou à mesa ao resto da família. O bonitinho foi que o próprio Miguel o
convidou – e depois
perguntou se ele queria tomar banho e dormir aqui, mas achei que aos três anos
de idade era melhor ficar só com a parte da comida mesmo.
este pensamento à prova. Na sexta um amiguinho do Miguel veio brincar e ficou
para o jantar. Eu não cozinhei a mais ou alterei o cardápio, eles simplesmente se juntou à mesa ao resto da família. O bonitinho foi que o próprio Miguel o
convidou – e depois
perguntou se ele queria tomar banho e dormir aqui, mas achei que aos três anos
de idade era melhor ficar só com a parte da comida mesmo.
No sábado uma amiga do trabalho passou aqui
em casa com marido e dois filhos para um borrel, um happy hour. Holandês é
mestre em agendas e se combinamos às 4 da tarde, é às 4 que eles chegam e antes do jantar vão embora – você chamou para um drink, lembra, não para a lasanha especial de domingo – acontece que o papo estava bom, as crianças estavam distraídas e a hora voou. Às
6 eu decidi preparar o jantar para quem quisesse comer. Nada complicado, mas
naquele momento eu tinha duas opções: fazer a comida e convidá-los ou esperar
que eles fossem embora para começar a preparar a janta. Eu estava com fome,
meus filhos estavam com fome e botar gente pra fora por não ter que dar de
comer me parece o fim do mundo. Botei sim mais água na sopa e jantaram todos
aqui.
em casa com marido e dois filhos para um borrel, um happy hour. Holandês é
mestre em agendas e se combinamos às 4 da tarde, é às 4 que eles chegam e antes do jantar vão embora – você chamou para um drink, lembra, não para a lasanha especial de domingo – acontece que o papo estava bom, as crianças estavam distraídas e a hora voou. Às
6 eu decidi preparar o jantar para quem quisesse comer. Nada complicado, mas
naquele momento eu tinha duas opções: fazer a comida e convidá-los ou esperar
que eles fossem embora para começar a preparar a janta. Eu estava com fome,
meus filhos estavam com fome e botar gente pra fora por não ter que dar de
comer me parece o fim do mundo. Botei sim mais água na sopa e jantaram todos
aqui.
Não foi um super jantar, longe disso, com 4
crianças entre 1 e 5 anos minha casa era o caos: um chorava, o outro caia, a outra não queria
emprestar as bonecas e brigava. E no meio tempo ainda tivemos 3 trocas de fralda
e se não me engano até agora tem massa de modelar grudada no lustre e no tapete.
Mas isso a gente esquece, são coisinhas
do dia a dia, o que fica mesmo é a lembrança de que sem planejar passamos a noite juntos.
crianças entre 1 e 5 anos minha casa era o caos: um chorava, o outro caia, a outra não queria
emprestar as bonecas e brigava. E no meio tempo ainda tivemos 3 trocas de fralda
e se não me engano até agora tem massa de modelar grudada no lustre e no tapete.
Mas isso a gente esquece, são coisinhas
do dia a dia, o que fica mesmo é a lembrança de que sem planejar passamos a noite juntos.
Claro, foi apenas um final de semana, dois míseros
dias na memória dos meus filhos. Mas de alguma forma espero que esses dias,
mesmo que sejam poucos, não sejam esquecidos.
dias na memória dos meus filhos. Mas de alguma forma espero que esses dias,
mesmo que sejam poucos, não sejam esquecidos.
Mais uma vez, um excelente post, Ana! Às vezes, a gente se esquiva desses encontros para evitar o cansaço e o caos, inevitáveis quando há crianças envolvidas… Mas a verdade é que, quando deixamos o receio de lado e nos reunimos com amigos, sempre terminamos o dia com a sensação de que valeu muito a pena… Beijos!
Adriana Galvão.