Acho que foi no começo de janeiro, num dia cinza e frio, que acordei meio down. Inverno tem dessas coisas, põe a gente pra baixo e aperta a saudade da família. Eu até poderia fazer as malas e voar pro Brasil (cof, cof), mas resolvi pegar o telefone e convidar azamigas para uma feijoada!

Existe coisa mais animada do que feijoada em um gelado mês de fevereiro?

Se eu não posso ir ao Brasil, que pelo menos um pedacinho dele venha até aqui. Estava super animada em reencontrar as meninas, já havia programado tudo, comprado guaraná, farofa, picanha, até que a gripe me pegou. Ainda na sexta estava na duvida se iria conseguir fazer o jantarzinho em casa. No sábado de manhã, tomei um paracetamol extra e fui para a cozinha. Fui feliz, cozinhar feijão ao som de bossa nova.

Minha feijoada é na verdade um feijão preto com linguiça, bem temperadinho. Ainda fiz farofa, arroz branco, vinagrete e couve (boerenkool) refogada com alho. Simples e muito gostoso. E já que era para matar a saudade de casa, me empolguei: servi pão de queijo de entrada e ainda assei duas picanhas no forno.


Azamigas fizeram caipirinha, sobremesa e no final da noite estávamos todos rolando de felicidade. Maridos e crianças entraram na dança e a noite virou uma linda bagunça.

A gripe ainda não passou, mas a saudade deu uma trégua. Feliz da gente por ter esse pedacinho de Brasil na terra dos moinhos.

hello beauty – to falando com a panela de feijão