12/11/2015

Por

Ana

Quando meus filhos fazem aniversario, um filme se passa na minha cabeça. A primeira constatação, é de que o tempo vai depressa demais. Pelo menos para mim.

Hoje, aniversario do Miguel, não foi diferente: os 4 aninhos de vida do meu filho voltaram à memória. Lembranças doces de uma vida tão jovem e tão viva.

Não sei se já comentei aqui, mas eu acredito que apenas as coisas boas ficam gravadas na mente, e dias como hoje comprovam esta minha teoria positivista – eu sou extremamente otimista, caso você não saiba.

Quando eu penso no parto, não são as dores que veem na memória, e sim o momento em que conheci meu filho, o calor do seu corpo junto ao meu. Recordo de como chegamos do hospital, em um sábado de manhã, horas depois do parto. Minha mãe estava em casa, Julia havia acabado de acordar e nós 5 tomamos café da manha juntos, pela primeira vez. Eu sei que estava morta de cansaço, mas não é nisso que penso no 12 de novembro: relembro dos momentos juntos, em família, dando as boas-vindas ao novo integrante da família – aliás abri um sorriso enorme quando lembrei que a Julia enfiou um pedaço de bolo na boca de irmão assim que o viu: “bolo, lekker (gostoso), come!”

Miguel foi um bebê difícil, chorava muito, dormia pouco, e eu sei disso, sei muito bem, mas já não sinto o cansaço no corpo por não dormir, o stress por não saber o que fazer e a falta de paciência por puro desespero. Eu me recordo sim, com carinho, das noites que passei ao seu lado, do colo que lhe dava e lhe acalmava e de como ele, bebezão que era, se encaixava ao meu corpo.

O choro deu lugar as gargalhadas que enchem esta casa de alegria e Miguel dorme há anos muito bem, obrigada. Meu menino é a criança mais alegre que conheço. Miguel é gente boa, camarada, engraçado e feliz. E eu, eu sou a pessoa mais sortuda do mundo por ter esta criança ao meu lado.

Feliz aniversário, meu filho.