05/09/2013

Por

Ana

Em menos de duas horas de vôo estávamos em Bilbao, uma cidade que sempre quis conhecer. Na verdade o que eu queria mesmo era visitar o museu Guggenheim. Nem sei bem o porque, mas queria um dia ver este monumento de perto.

No caminho ao hotel {que ficava praticamente na frente do museu}, o taxista nos informou que estávamos em plena semana de fiesta: la semana grande, em honra a a virgem de Begoña, padroeira da cidade. E ó, eu nem sabia disso quando comprei as passagens {imagina se soubesse!}.

Mas antes de cair na gandaia, fomos visitar o museu. E ele é realmente impressionante. Magnífico. Uma escultura em si. Dá para passar tanto tempo dentro como fora do edifício {se é que eu posso chamar uma obra de arte de prédio} apreciando suas formas. São curvas infinitas, curvas platinadas revestidas de titânio em uma altura que não acaba mais.

A localização do museu também é genial: ele fica à beira d’água, em frente ao rio que corta a cidade {ría de Bilbao, também conhecido como ría del Nervión ou del Ibaizábal). De um lado há uma ponte moderna, do outro um parquinho, melhor, um super playground, para deixar qualquer
criança feliz. Por um momento quase me arrependi de não ter trazido as
crianças. Na frente do museu, do outro lado do rio, casarões antigos que nos fazem lembrar que estamos na Espanha.

Achei
Bilbao um lugar onde o moderno e o antigo se encontram. Há esculturas
espalhadas por todos os cantos. É uma cidade com ares conservadores, com
cara de Espanha antiga, mas que exala futuro.

Pagamos 13 euros por pessoa para entrar no museu, o que nos deu direito a aparelhos {como uns telefones} que nos contavam um pouco sobre cada peça exposta. A coleção é variada, neste momento há uma exposição sobre guerras que sinceramente não me atraiu muito. Gostei mesmo de ver Picasso, de apreciar um Andy Warhol gigante e de me perder na super escultura “The matter of time”.

Saindo do museu, era hora de encarar as fiestas. A cidade estava lotada. Havia palcos espalhados por todos os cantos. Muita música, muita comida, bebida e gente. Provamos um pouco da atmosfera local, mas saímos da multidão em busca de uma mesinha no casco viejo, parte antiga da cidade. Enquanto tomávamos uma cerveja, alguns grupos de música passavam ao nosso lado cantando canções antigas em euskara, a língua do país Basco.

Daí a fome bateu. E foi neste momento que nossa viagem gastronômica pelo país Basco começou. No primeiro barzinho comemos uns pintxos mais ou menos, o lugar estava cheio, era festa e eles não tinham muita coisa. Daí encontramos o Saibigain, anote este nome. Eu voltaria agora mesmo para Bilbao só para comer mais uma vez as croquetas de jamón deste lugar. Uns bolinhos de presunto ibérico sensacionais. E além da comida ser boa, o povo era simpático. Batemos um papo, comemos muito e fomos ver os fogos de artifício na beira do rio.

Saibigain: Barrenkalebarrena Kalea, 14

Meu reino por uma croqueta de jamón! 

Não poderia ter desejado um fim de noite {e começo de férias} mais perfeito do que este.