04/03/2013
Por
Ana
Estou com a cabeça cheia, muitas idéias, muitas perguntas. Talvez seja o cansaço, mesmo sendo segunda-feira. Mas a semana que passou foi punk. Marido trabalhando muito, eu trabalhando muito. Miguel doente com bronquite e infecção nos olhos tudojunto. Sucesso.
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Mesmo doente ele conseguiu empurrar a Juju no carrinho de boneca dela |
Nessas horas acho que o mundo conspira para a desistência. Acho que não vou conseguir, que não vou aguentar. Quero ficar na cama, ser solteira outra vez. Porque raios em vim me meter nesse canto do mundo mesmo? Mas daí enquanto você pensa em não sair dos lençóis uma menininha grita que precisa fazer xixi e outro grita “mama, papa e auto” {não necessariamente nesta ordem} porque está com fome. E assim a vida continua.
Você sai dos lençóis, esquece que tem vontade própria e segue em frente. Sempre. Leva os pequenos para a creche, deixa as crianças chorando {os dois} e vai trabalhar com o coração na mão, de salto alto e com a marmita na bolsa.
No caminho você pega o telefone e começa a rever as fotos dos últimos dias. Os momentos felizes do final de semana {não, eu não tirei foto do Miguel chorando, agarrado às minhas pernas enquanto eu cozinhava}. E aí vem um sorriso, meio tímido ainda. Então você pensa que a semana nem foi tão ruim assim. O meu filhote se recuperou depois de uma dose cavalar de antibiótico {viva a penicilina}, a Julia passou as últimas 52 horas vestida de Rapunzel {inclusive por cima do pijama}, e eu até consegui ir jantar à sós com o marido {uhuu}. Também voltei a correr e no final do domingo meio que sem querer descobrimos um lugar lindo para passear com as crianças {e tomar café, ou vinho, ou cerveja…}.
O que eu queria mais?
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Menu do “restaurant week” no Stork |
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Jantar com os amigos {e 7 crianças} |
Nesse momento o sorriso sumiu, junto com as rugas de preocupação. Eu liguei para a creche só para ouvir que as crianças estavam brincando {tinham até esquecido que tinham mãe} e segui para o trabalho. Comigo a sensação de que tudo está bem, de que tudo se ajeita. Mesmo quando a gente pensa em desistir.
#pensamentopositivo

Ai, te entendo e muito. Aqui ninguém está doente, graças a D-us, mas tenho trabalhado MUITO, sem tempo pra respirar durante o dia, emendendo uma jornada com a outra, sem ajuda, aquela velha história q a gente conhece bem…
Mas ai a gente pensa na saude deles e na nossa, nas coisinhas boas do dia-a-dia e não tem como não ficar menos down…
Bom resto de semana pra vcs!
Beijos!
Filho doente acaba com a gente, né? Dá uma dó…
Força ai com o trabalho, sei o quanto é duro essa vida "sem ajuda" da família brasileira.
Bjs