01/04/2014

Por

Ana

Quando o sol aparece, a gente sai de casa. Para dar uma volta, uma caminhada ou um passeio. O destino pouco importa, o objetivo é aproveitar a luz do dia e o calorzinho.

Talvez seja difícil entender esta relação com o sol quando se mora no Brasil. Eu nunca senti falta dele até me mudar para cá, para ser sincera. E estando em terras holandesas, por mais que você tenha dito sua vida inteira que não gosta de calor, acredite, você vai sentir a falta da luz solar. E você também irá, como todos aqui, correr para a rua quando o astro rei  – acho este nome tão brega – aparecer.

É que são meses enfurnados em casa, meses usando casaco, gorro e luva, meses no frio. Amsterdam é linda e gelada, eu repito. Fora o vento, o céu cinza e a garoa. Enfim.

O importante é que o sol saiu estes dias. E nós saímos de casa, atrás dele. Aproveitamos todos os raiozinhos ultravioletas da maneira mais holandesa possível: tomei sol – de roupa, claro – enquanto lia o jornal no quintal, andamos de bicicleta, passamos horas no parquinho, no tanque de areia, tomamos café, almoçamos e jantamos “fora” e visitamos a mais nova sorveteria do bairro, 2 vezes.

amo tanto ver estes dois brincando juntos

fila para o sorvete

E não fez um calorão. Fazia um solzinho bom, morninho, quente suficiente para aquecer o corpo na medida certa e derreter a lembrança do inverno que nos deixou à pouco. Foram 18, no máximo 20 graus.

Praticamente inverno no Brasil, praticamente verão na Holanda.