16/07/2014

Por

Ana

Eu sou fã da cozinha espanhola: amo os arrozes, os peixes, os crustáceos e poderia passar o resto da minha vida a base de pão com tomate e presunto ibérico. De preferência acompanhado por uma taça de vinho. Então vir para Espanha significa comer bem,
muito bem.
Meus filhos infelizmente não compartilham ainda meu paladar. Para ser sincera, sair de casa para eles é o equivalente a comer mal, muito mal. Nem leite o Miguel – praticamente um bezerro – toma. Já tentei várias marcas, mas nada. A Julia ainda encara uma paella ou outra de vez em quando. O curioso é que há dois anos, até pimientos de padrón (uns pimentões pequenos refogados com bastante sal) ela comia.
E passar duas semanas comendo sorvete, pão e nuggets de frango, não dá, né?
Então eu vou para a cozinha, a tática é a seguinte: dar janta para os pequenos antes de sair de casa. Nada complicado, um arroz com frango e brócolis, um espaguete com almôndegas, essas coisas. Eles chegam literalmente satisfeitos ao restaurante nas noites em que saímos para jantar fora. Aí ainda comem um pãozinho – são holandeses, amam pão – e ainda tomam um sorvetinho de sobremesa.
E no mais, salvem as frutas! Eu que a-do-ro uma farofa, não vejo problema algum em levar comida para a praia. Abastecemos a fruteira e o reservatório de vitaminas da família. Melancia, nectarina, abacaxi, maçã, tudo vai boca a dentro entre uma
brincadeira e outra na areia.
Mas férias não seriam férias sem uma porção de batatas fritas. Eu não estresso e nem exagero. Sorvete tomamos diariamente e para assegurar que o resto do dia será bem doce, há sempre ensaimada no nosso café da manhã: um típico pão de Menorca coberto com açúcar de confeiteiro.