01/10/2014

Por

Ana

Então chegaram os 34, no sábado passado para ser exata. Foi um dia muito legal, com a presença do meu pai e da minha irmã mais nova. Nem me lembro da última vez em que comemorei um aniversário com a família brasileira, e aproveitando os ilustres convidados, fiz festa!

Meu  querido holandês fez uma pequena surpresa logo cedo: champagne e croissant no café da manhã {oi decadência}. Depois disso, meu dia só melhorou. Até sol teve! Aliás fez um calor setembrino memorável, lindos 20 graus com céu azul.

A bebida estava gelada, o bolo foi um sucesso – o primeiro em anos que não deixou nem uma migalha para contar história – tinha muita comida e bons amigos. Não poderia desejar nada mais que isso.

Me senti querida, mimada e meio que em crise…

Nunca liguei para idade, mas confesso que este ano pela primeira vez parei para pensar no assunto. Não que eu me ache velha, pelo contrário, sou daquelas que acredita que não mudou nada desde os 20 anos – imagina quando eu tiver 70, que porre.

Mas 34?Me sinto adulta, sei o que quero e não quero e não preciso fazer nada para agradar os outros. A maturidade rocks. Mas ao mesmo tempo eu me pergunto: o que vem agora? Tenho dois filhos, um marido, uma casa e um bom trabalho. Saúde (amém), moro em um país livre e igualitário. Não estou reclamando de barriga cheia, é filosofia de blogueira em inferno astral – seja lá o que isto signifique. 

Acho que estou entrando em uma fase nova, de desenvolvimento pessoal. Onde esta fase vai me levar, eu ainda não sei. Entendo que a vida é um processo. Tenho duas crianças lindas para criar, um relacionamento que exige investimento  e um trabalho que me custa energia. E sou feliz assim.Mas acho que gostava mais quando fazer aniversário significava festa, presentes, bolo e só. Esta história de pré-crise de identidade aos 34 definitivamente não é para mim. Felizmente quando penso no último sábado e vejo as fotos e os recados que recebi, sei que foi um feliz aniversário – mesmo com muitas nuvenzinhas cheias de pensamento pairando sobre minha cabeça.

No final, isso é o que conta: são as coisas boas e os momentos felizes que ficam na memória. Happy 34!

pose super natural, segurando a taça de champagne por acaso… cof, cof.; aquele abraço gostoso com o meu pai amado