21/05/2015

Por

Ana

Se felicidade fosse medida pelo tamanho da
cintura, posso te garantir que sou uma pessoa realizada. Passamos 20 dias no
Brasil com a família curtindo os parentes e comendo. Juro, eu comia tudo o que me ofereciam. Ainda não subi na
balança para medir o estrago – ou o nível de felicidade – mas pelo apertar das
calças sei que as férias foram ótimas.  
Tirei a barriga da miséria – como se passasse
fome na Holanda – e matei todas as vontades. De pamonha, suspiro,
coxinha a churrasco. Acredite, a verdadeira praia de paulista é o restaurante.
amor de primos
minha perdição

Mas não falemos apenas da comilança – que
acompanha toda e qualquer ocasião no país, estou segura – porque viajar ao
Brasil é voltar pra casa. Eu fico com meus pais, irmãs, tios, tias, amigos e
isso é o melhor de tudo. Melhor até que coxinha. Volto ao tempo quando morava
ao lado deles, como se nunca tivesse saído de lá. No começo estranho, é verdade,
acho São Paulo uma cidade perigosamente caótica, mas depois me (re)acostumo.

Para as crianças e o marido é diferente: eles vão de
férias para o Brasil. Não têm a mesma relação que eu tenho com a cultura, por mais que estejam acostumados com o povo e com a língua. As vezes me pergunto se um dia eles vão se achar meio brasileiros, veremos. 

Miguel, de início, ficou perdido. Não sabia onde estava e muito menos quem morava naquela casa. “Onde vou dormir?” foi o que perguntou logo que entrou no apartamento dos avós depois do vôo delícia de 12 horas. Aos poucos foi se soltando e se acostumando. Até falando português ele está – mesmo porque não havia outra maneira de se comunicar com a família, rá!

Julia está mais habituada que o irmão, fala bem português, conhece
toda a família e todos os cantos da casa dos avós. É muito legal observa-la se
enturmando em terras tupiniquim. Ela fica na casa da tia, brinca muito com seu
primo, pede coisas da padaria e fez até uma nova melhor amiga no prédio em que
meus pais moram. Ela é, depois de mim, a mais brazuca aqui de casa. Não sua, não sente calor, adora o entra e sai de gente, fala pelos cotovelos, ama pão de queijo e brigadeiro. Ah, e até novelinha assiste! 
E enquanto meus holandesinhos se entrosam com o Brasil eu
descanso a cabeça e o corpo. Me desligo do resto do mundo quando estou por lá, é incrível. Eu lia o jornal, assistia ao noticiário (que é sempre sangrento demais pro meu gosto), via meus e-mails do trabalho, mas estava em outra dimensão. Como se o mundo
tivesse rodando em câmera lenta. Minha preocupação – se é que pode ser chamada assim – era o que íamos almoçar e como iríamos preencher o resto do dia. Uma dureza. 

Tentava fazer sempre uma programação para contentar a todos, mas bem relax. Saímos com amigos, passeamos com as
crianças e curtimos muito a família acima de tudo. Fomos ao cinema, ao aquário, jogo de
futebol, shopping… 

Tivemos lindos dias de outono no litoral norte
de São Paulo, aproveitamos a piscina quando dava em SP, fomos ao interior ver
minha avó e até um pulo – à dois uhuuu – demos em Salvador.

Foram dias de paz, dias de família. Estou
grata e feliz por esses dias de Brasil.

com o vovô mais cheiroso do Brasil

mamis lindona

strike a pose, esta é a minha Juju 


PS: até a publicação deste post eu criei coragem e subi na balança: estou 3 quilos mais feliz!
PS2: depois conto sobre Salvador porque foi tudo de bom.