31/05/2015

Por

Ana

No post sobre o Brasil disse que ia contar um pouco de Salvador. Já havia me esquecido desta quase promessa até uma amiga perguntar da viagem – não que eu ache que você, leitor, fique contando os dias para ler meus causos, mas enfim. Falei pra ela da nossa escapada baiana com tanto entusiasmo que fiquei com vontade de escrever sobre a viagem aqui também. Blog é diário, gente.

A idéia de uma mini viagem à dois foi inspirada nas férias brasileiras do ano passado, quando fugimos 3 dias sem as crianças para o Rio de Janeiro. Foi tão bom, mas tão bom que resolvemos repetir a dose. Meus pais e irmãs aliás não viram problema algum em ficar com os dois holandesinhos por alguns dias em casa, pelo contrário.

A partir daí comecei a pensar no destino, eu queria ir para um lugar quente sem ficar horas em um avião ou carro. E de preferência fazer uma combinação cidade + praia, ou seja, com pontos turísticos para se visitar e uma cadeira na areia para relaxar. Não precisei pensar muito para me decidir por Salvador. O holandês nunca havia estado lá e eu fui há 20 anos. Mais um motivo para fazer a reserva já que esta seria surpresa, de presente de casamento.

Chegar a Bahia nos custou mais tempo que o planejado: a pista do aeroporto foi fechada para reparos no dia do nosso embarque. 5 horas depois e um desvio por Aracaju aterrissávamos em Salvador.

Faria tudo de novo.

Chegamos cansados e com fome, é verdade, mas a energia e o calor daquela cidade nos deram as boas-vindas como um forte abraço. Ficamos no Pestana do Rio Vermelho, um hotel de luxo que parou no tempo: está antigão e desgastado, mas tem seu charme. A localização era ótima, o bairro é boêmio, cheio de bares e restaurantes, coisa que a gente nem gosta muito, sabe?

Na primeira noite fomos à casa de Tereza, um restaurante de comida típica baiana de uma chefe premiada. Não havíamos comido o dia todo por causa do atraso do vôo, desculpa perfeita para eu me atirar no bobó de camarão. Estava divino.

No dia seguinte, alimentados e descansados, fomos desvendar a cidade. Eu tenho família em Salvador então visitamos os pontos turísticos com um guia especial: meu primo. Achei o pelourinho limpo, organizado e super bem policiado. Fomos de manhã e estava bem tranquilo. Depois do passeio almoçamos uma carne de sol espetacular no restaurante A Porteira no Dique do Tororó e tiramos a tarde para descansar na piscina do hotel. Mais férias do que isso, não poderia imaginar.

hello, my name is turista

chuva e sol, casamento de espanhol! Vista do nosso quarto com arco-íris e um marzão abençoado

Praia

Com uma faixa litorânea gigantesca não poderíamos deixar de espichar nossas pernocas brancas-inverno-holandês na areia. Alugamos um carro e fomos passar o dia na Praia do Forte. Foi uma feliz decisão. Era quarta-feira, fora de temporada e a vila estava sossegada, preguiçosa.

Eu estive na Praia do Forte há quase 20 anos, não teria reconhecido o vilarejo se não fosse pela igrejinha. Fiquei impressionada com a organização e a infra estrutura. O holandês, então, ficou encantado, não parava de dizer o quanto este canto do país é lindo: quilômetros de praia com coqueiros, água morna e tranquila.

O paraíso era ali.

Passamos o dia em um cantinho quieto da praia, almoçamos na areia, tomamos banho de mar e aproveitamos lentamente a estadia.

No último dia de viagem tivemos uma idéia de gênio: passar as horas que nos restavam nas praias do Flamengo, que coincidentemente ficam próximas ao aeroporto. Fizemos check out no hotel e levamos as malas para a areia. Ficamos na Barraca do Lôro, um restaurante bem bacana com serviço de praia. Curtimos o sol, a culinária e a receptividade baiana e de lá fomos para casa.

Chegamos em São Paulo com um restinho de areia nos pés e um sorriso largo no rosto. As crianças estavam ótimas, meus pais felizes e todo mundo estava com saudade de todo mundo. Maravilha.

Se Deus quiser repetimos a escapada no ano que vem, porque coisa boa tem que virar tradição!