09/06/2015
Por
Ana
Minha vida profissional
foi nos últimos seis meses incerta. Na semana antes do natal fui informada
sobre a reorganização que minha empresa passaria em 2015. A partir daquele
momento nada mais era certo: apenas a probabilidade de não ter mais trabalho.
foi nos últimos seis meses incerta. Na semana antes do natal fui informada
sobre a reorganização que minha empresa passaria em 2015. A partir daquele
momento nada mais era certo: apenas a probabilidade de não ter mais trabalho.
Eu nunca
havia passado por algo assim, e olha, o impacto foi grande. Enorme. A incerteza
é uma vadia, com todo respeito. Medo de ficar desempregada eu não tinha, “eu me
viro”, pensava. Há onze anos cheguei neste país sem falar holandês e sem
emprego e hey, olha onde estou agora. Mas o fato de não saber o que vai
acontecer com sua carreira e o pior, não ter o poder de decisão em mãos, foi o
pior.
havia passado por algo assim, e olha, o impacto foi grande. Enorme. A incerteza
é uma vadia, com todo respeito. Medo de ficar desempregada eu não tinha, “eu me
viro”, pensava. Há onze anos cheguei neste país sem falar holandês e sem
emprego e hey, olha onde estou agora. Mas o fato de não saber o que vai
acontecer com sua carreira e o pior, não ter o poder de decisão em mãos, foi o
pior.
Tentei ser
otimista, mas alguns dias eram duros. O clima no trabalho era terrível e a motivação
inexistente. A cada mês nos
informavam o que iria acontecer, quais departamentos seriam reestruturados. A divulgação
de cada noticia trazia mais incerteza ao invés de tranquilidade. Corte de 30%
dos funcionários, funções desapareceriam e por ai vai.
otimista, mas alguns dias eram duros. O clima no trabalho era terrível e a motivação
inexistente. A cada mês nos
informavam o que iria acontecer, quais departamentos seriam reestruturados. A divulgação
de cada noticia trazia mais incerteza ao invés de tranquilidade. Corte de 30%
dos funcionários, funções desapareceriam e por ai vai.
No meio
tempo pensei bastante sobre o que queria fazer da vida, que caminho seguir.
Conversei com muitas pessoas, tive vontade de largar tudo, fui “caçada” por dois head hunters e quis esperar pelo veredito coorporativo.
tempo pensei bastante sobre o que queria fazer da vida, que caminho seguir.
Conversei com muitas pessoas, tive vontade de largar tudo, fui “caçada” por dois head hunters e quis esperar pelo veredito coorporativo.
Eu não estava
pronta para entregar meu crachá.
pronta para entregar meu crachá.
O que eu
queria sim era mudar, na verdade queria voltar a trabalhar com comunicação levando
minha bagagem de online marketing. Pensei no meu pai que sempre diz que crise
traz chances. Acreditei nisso e fui atrás do que realmente queria. Com a
reorganização, novas oportunidades surgiram, apliquei para uma vaga
interna, no departamento de comunicação. Me preparei para uma concorrência
assassina. Fiz teste de personalidade (!), um assessment online e três
entrevistas. Apesar da pressão, estava tranquila pela primeira vez em meses, me
sentia confiante e segura da minha decisão.
queria sim era mudar, na verdade queria voltar a trabalhar com comunicação levando
minha bagagem de online marketing. Pensei no meu pai que sempre diz que crise
traz chances. Acreditei nisso e fui atrás do que realmente queria. Com a
reorganização, novas oportunidades surgiram, apliquei para uma vaga
interna, no departamento de comunicação. Me preparei para uma concorrência
assassina. Fiz teste de personalidade (!), um assessment online e três
entrevistas. Apesar da pressão, estava tranquila pela primeira vez em meses, me
sentia confiante e segura da minha decisão.
Passada a
época das entrevistas, só me restava esperar. Mais duas semanas incertas. Por
mais que acreditasse, achava que iriam me mandar embora. Tanta gente ia sair da
empresa e eu provavelmente também. Comecei a fazer planos do que fazer (ou não
fazer) no tempo em que teria livre: cozinhar mais, voltar a correr, passar as
férias de verão com as crianças. Um projeto mais legal que o outro. Quando
estava me acostumando com a ideia do desemprego veio o veredito: tinha conseguido!
época das entrevistas, só me restava esperar. Mais duas semanas incertas. Por
mais que acreditasse, achava que iriam me mandar embora. Tanta gente ia sair da
empresa e eu provavelmente também. Comecei a fazer planos do que fazer (ou não
fazer) no tempo em que teria livre: cozinhar mais, voltar a correr, passar as
férias de verão com as crianças. Um projeto mais legal que o outro. Quando
estava me acostumando com a ideia do desemprego veio o veredito: tinha conseguido!
Sabe aquela
sensação de vestibular? Foi isso que senti. Queria ligar para os meus
pais gritando “passei” ao telefone. Estava muito feliz, mas mais que tudo
aliviada: finalmente sabia que caminho iria seguir. Tive que me despedir da idea de passar 6 semanas
de verão com meus filhos, é verdade, mas tenho um novo desafio pela frente e estou pronta para ele.
sensação de vestibular? Foi isso que senti. Queria ligar para os meus
pais gritando “passei” ao telefone. Estava muito feliz, mas mais que tudo
aliviada: finalmente sabia que caminho iria seguir. Tive que me despedir da idea de passar 6 semanas
de verão com meus filhos, é verdade, mas tenho um novo desafio pela frente e estou pronta para ele.
Esses ultimos seis meses foram estressantes para mim e minha familia. Apesar da incerteza aprendi que determinação e coragem mudam muita coisa nesta
vida. Seja para buscar um emprego ou desistir dele.
vida. Seja para buscar um emprego ou desistir dele.
Parabéns pela conquista, Ana! Realmente, insegurança mina a gente. Mas o importante é fazer o que você fez: não deixar ela dominar por completo e aproveitar as chances que surgem. Como diz uma amiga minha, a oportunidade é uma bola que vem quicando, hahaha.. tem que chutar. Agora, com relação ao processo seletivo, uma amiga ta mudando de Londres pra Amsterdam, e na entrevista de emprego botaram ela até pra contracenar com atriz (ela é advogada, rs). A coisa é punk aí, heim…
tem que chutar mesmo 😉 obrigada!
Parabéns, Ana!!!!!! Na crise realmente surgem novas chances..é como dizem: "enquanto uns choram, outros vendem lenços"……Muito sucesso e realizações no novo caminho!!!
obrigada!
Parabens Ana!!!
que bom que as coisas deram certo – quando você faz o bem, o bem volta para você.
Não tenho duvida que tambem é muito competente no que faz.
Boa sorte!
Fico feliz por você!
Obrigada! 😉
Oi Ana! Parabéns pelo blog! E quanto à sua postagem, acho que a gente nunca está preparada para novos começos mesmo né? Eu mesma cada vez que mudo de cidade na Irlanda tenho essa sua sensação de vestibular.. Parece que acabei de mudar de país.. Acho que não vou conseguir perder isso nunca.. rs.. Bjo Juh
obrigada Juh 😉
Parabéns Flor! E seu pai está certíssimo, crise pode ser uma nova oportunidade para algo ainda maior! Que vc seja feliz! um beijo