23/07/2015

Por

Ana

8 da manhã, o termômetro sobre a porta da frente marcava 30 graus. O ar estava seco, nenhuma brisa nos dava as boas-vindas. Havíamos chegado em Menorca, na Espanha, para as férias de verão.

Saímos de casa na correria num desses vôos da madrugada – eu entendo que as companhias aéreas mais baratas utilizem os horários menos populares, mas tirar criança da cama às 2 da manhã é quase desumano.

A ilha continua a mesma e sua beleza sempre me arranca suspiros. O azul turquesa do mar, as praias encravadas em rochedos, suas pequenas baías que se parecem piscinas, este lugar encanta. Venho aqui há mais de uma década e toda vez agradeço a Deus pela oportunidade e digo a mim mesma que “no ano que vem virei mais”, mesmo sabendo que a promessa dificilmente será cumprida.

Além da natureza, a companhia da família e amigos enriqueceram estes dias. A casa estava cheia de gente e eu gosto disso. Uma das minhas irmãs veio nos visitar com a família e amigos, éramos um internacional grupo de 7 adultos e 5 crianças.

sister linda do meu coração <3

Juju e Miguel deliraram com a presença do primo e das amiguinhas. Brincaram tanto, deu gosto de ver. Acho que é como minha sogra diz “criança precisa de criança”. Eles já acordavam no pique: corriam de um lado ao outro, pulavam, brincavam de esconde-esconde, de pintar, com carrinhos, pedrinhas e conchinhas. Isso sem contar as horas de praia e piscina, nadando e construindo castelos de areia. E quando cansados, brigavam. Tinham suas desavenças, é verdade, mas o saldo foi bem positivo em termos de entretenimento. Não tenho a mínima duvida que eles se divertiram muito.

Julia se mostrou uma menina muito organizada e justa. Adorava mandar ajudar na distribuição de tarefas mantendo um enorme senso de igualdade. Ela é daquelas que não esquece uma palavra, nunca tente voltar atrás do que foi dito: se lhe foi prometido um croissant/bola de plástico/mergulho na piscina, cumpra. Do contrário, ter que lidar com sua desilusão é doloroso.

Já Miguel se rendeu às delicias da língua portuguesa. A necessidade em se comunicar com as outras crianças lhe dará a vantagem de crescer bilíngue. Em casa ele se virava no português, mas na rua não quis complementar o vocabulário com espanhol: “ik spreek geen engels” (eu não falo inglês), foi sua resposta ao pedir que ele dissesse um singelo “gracias” ao simpático garçom que lhe havia dado um pirulito.

No mais o tempo pareceu parar, vivemos dias preguiçosos, tranquilos. Passamos horas intensas com as crianças, brincando, lendo, nadando e fazendo nada. Voltamos para a casa bronzeados e descansados, felizes por dias de ferias com a família.

stand up paddling no mar em um dos poucos momentos de exercício físico

 

Até a próxima, Menorca!