16/01/2016

Por

Ana

Baby bump #3, quase 28 semanas

Esta semana uma amiga me perguntou de quantas semanas estou. “25 ou 26, acho”, foi minha resposta. Chegando em casa resolvi fazer as contas: 27 semanas! Já estou entrando no terceiro trimestre, no sétimo mês da gravidez e a conclusão é de que o tempo está voando. Mas assim, ó, de uma forma tão ligeira que eu já perdi a contagem dos dias.

Tudo bem que no terceiro filho a gente relaxa, eu ao menos, relaxei. Não é negligencia, mas uma segurança de que tudo esta dando certo, que seu corpitcho redondo sabe bem o que deve fazer. Felizmente me sinto bem, só a barriga imensa mesmo que está começando a ficar no caminho, mas de resto estou ótima.

No mais, já era tempo de começar a organizar a vida para receber o baby. Não estou falando de enxoval, mas de burocracia. Esta semana dei entrada na papelada da licença maternidade e tive que parar para pensar como vou fazer nos próximos meses.

Aqui na Holanda temos direito a 4 meses de licença, 16 semanas para dizer corretamente. Alias “semana” é uma medida muito utilizada por aqui já que eles não contam os dias corridos – se você sair no dia 1 de março não vai voltar automaticamente no dia 1 de julho. A gestante é obrigada a parar de trabalhar pelo menos 4 semanas antes da data prevista do parto, também posso optar em parar 5 ou 6 semanas antes da previsão, mas ficaria com menos semanas livres depois que o bebe nascer.

Além da licença maternidade (zwangerschapsverlof, fala aí, sem gaguejar), todos os pais tem direito a um outro tipo de licença não remunerada: a ouderschapsverlof. Esta licença te dá direito a um numero de horas livres por ano, por criança, que você pode usufruir sem alterar seu contrato. Quando a Julia nasceu, tirei 8 semanas extras, não ganhei um tostão, mas garanti meu emprego. Com o Miguel fiz a mesma coisa. A vantagem desta licença é que você pode, por exemplo, combinar com seu chefe que no primeiro ano trabalhará X horas a menos por semana para ficar com o bebe. Claro que isso tem consequências financeiras, mas o vinculo trabalhístico segue.

Por sorte tenho uma manager com 4 filhos em casa e minha outra chefe tem 3… ou seja, ninguém fez cara feia quando disse que queria tirar licença não remunerada por umas semaninhas. Além disso trabalho para uma empresa super child friendly, não que tenha regalias por ser mãe, a carga de trabalho segue firme e forte, mas o bom é que aqui as pessoas entendem que a família também tem prioridade.

Ainda não estou preparada para parar de trabalhar e muito menos contando os dias para o inicio da licença, mas fato é que na metade de março eu jogo a toalha, ou melhor, mudo de função: full time mama, nem que seja por uns meses.